segunda-feira, 29 de junho de 2015

Família


Olá, meu nome é José, mas meus amigos me chamam de Zé.
Alguns me chamam de Jô, muitos de Zezinho...
Na verdade, não gosto de nenhum dos supracitados
Minha família insiste nesse nome
Mas, de fato, em que consiste a família? Qual importância ela tem? Impor nomes, apenas?
(...)
De uma sociedade, é base
Quê de placa, quê de maca
Aos olhos meus, Deus fez graça
Entrelaçando-me no "quase"
"O que fazes?", questionei-o
"O que queres para mim?
Puseste-me em devaneio...
Devo acreditar no fim?"
Levo em mim tanta descrença
Pois, embora compreendido
Não mereço nem a bença
Do meu tal elo perdido
Meu zelo esquecido...
Meu irmão, também ferido...
Os meus pais, tão destemidos...
De braços erguidos, os cintos à mão
E, em minhas lágrimas, chorado: um "não"
Não.
Não..
Não...
Talvez...
----------
Sim.
O tempo urge em progredir
A vida surge em meio às rochas
Regras e vieses, todas a surgir
Igniçando sonhos... Tochas...
E eu, agora
Lobo perspicaz
Aceito que, lá fora
Sempre houve alguém capaz
De reconhecer
Que, o que quer que sejas
Podes merecer
Tudo o que almejas
Basta acreditar
E manter vigília
E nunca renegar
(Não mesmo) a família

Problemas? Todos temos
Dilemas? Movem o homem
Tudo passa... E, o que sofremos
São aprendizados (não somem)
E o que nos resta deixar ao depois
São nossas marcas, se duas ou cem
Criamos famílias próprias, pois
E a eles buscamos o bem
Nem que isso nos custe um pouco de fé...
Att. (e, com orgulho),
José

(Texto de caráter descompromissado e laico. Todos os personagens aqui citados são puramente fictícios. Quaisquer semelhanças com a realidade são mera coincidência.)
Pedro Branco
Bolsista do GEPEM/UFPA

quinta-feira, 25 de junho de 2015

EIG/GEPEM - Tema: "Gênero, artes e romance" (23/06/2015)

O EIG - ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DE GÊNERO, deu continuidade às suas atividades semanais de terça-feira, em sua 3ª reunião das 4 que compõem o ciclo de estudos "Gênero, artes e romance".

Na ocasião, gravou-se áudio da mesa debatedora: EIG/GEPEM - GÊNERO, ARTES E ROMANCE - ENCONTRO 3/4 - DATA: 23/06/2015

Pedro Branco e João Lisboa
Bolsistas do GEPEM/UFPA



terça-feira, 23 de junho de 2015

Eventos vindouros do GEPEM/UFPA: Cine Gênero (30/06/2015)

Encerrando o ciclo de estudos "Gênero, artes, romance", realizado pelo GEPEM em seu subramo EIG - Estudos Interdisciplinares de Gênero, dar-se-á a exibição de filme e posterior debate acerca dos temas abordados neste.
AS INSCRIÇÕES SÃO GRATUITAS, ABERTAS PARA O PÚBLICO ACADÊMICO EM GERAL E DEVEM SER REALIZADAS NO FORMULÁRIO AO FIM DA POSTAGEM. SERÁ EMITIDO CERTIFICADO DE 3 HORAS AOS PARTICIPANTES.
CINE-GÊNERO:
Filme: Elsa e Fred (Espanha/Argentina, 2006), de Marcos Cavernale, com Cina Zorrila e Manuel Alexandre).

Dia 30/06/2015 (terça-feira)
Horário: 9:00h às 12:30h
Local: Auditório do CAPACIT



SINOPSE: Alfredo (Manuel Alexandre ) tem 78 anos e vive sozinho desde que sua esposa faleceu, há sete meses.
Bastante melancólico, ele se muda para um apartamento alugado por sua filha Cuca (Blanca Portillo). Não demora muito para que conheça sua nova vizinha,Elsa (China Zorrilla), que bate a sua porta para entrega um cheque endereçado a Cuca para conserta o estrago causado em um acidente de carro. Após ouvir uma história triste, Alfredo recusa o cheque.Os dois aos poucos se aproximam cada vez mais, inicialmente como amigos e depois como namorados.

Debatedoras: Maria Angelica Motta-Maués, Maria Luzia Miranda Alvares, Telma Amaral Gonçalves.

Pedro Branco e João Lisboa
Bolsistas do GEPEM/UFPA

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Um novo começo...

Belém, 22 de junho de 2015. Parecia mais uma segunda-feira normal na turbulenta capital paraense... O sol irradiante e imponente no céu anil indicava que a manhã havia chegado. Mas havia um quê de diferente no ar...
"Um marinheiro sem mar é como um sonhador no chão"...
Urubus fora de seu local habitual de sentinela já indicavam que aquele não era um dia comum. Era um fim. Estavam ali, afinal, à espera da carne apodrecida pelo tempo que já havia sido; relógio indicava 10:30h e o clima tropical úmido já mostrava suas garras trazendo suor mesmo àquele desempregado.
"Todo fim é um novo começo"...
12:00h. Meio-dia. Metade de um dia. Um dia, uma vida. Vivemos em pequenas doses... Às vezes, esquecemos de tomar o "comprimido do dia" e apenas sobrevivemos (isso quando não "morremos"... O que leva à necessidade de um processo árduo de renascimento).
(...)
"Um novo começo...". Sempre com as reticências, para deixar claro que há algo por vir. "Mas o quê?", questionaria a maioria. Bom, se o futuro fosse cartas marcadas, do que valeria a vida, afinal? A graça, pois, está no indefinido. No amanhã. Nos caminhos de onde (re)começamos. Na folha em branco no final de um capítulo. Nas reticências...

Pedro Branco
Bolsista do GEPEM/UFPA